sábado, 28 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM DIOGO PAIXÃO
[Diogo Paixão é arquiteto, formado pela Universidade Estadual de Goiás]

O ENEA Brasília foi um Encontro sem par, em todos os momentos em que ele existiu, desde sua idealização até a festa de confraternização do seu encerramento total. Mas para ser resumido ao extremo, e caracterizado em duas palavras, elas seriam estranho e imenso. Relatá-lo, como pede o autor desta monografia, é impossível.
Este foi um ENEA muito estranho, a começar pela Comissão Organizadora: cada um num sistema de trabalho e com uma facilidade de fazer este trabalho – ou Encontro – num ambiente do conflito muito grande. Era muito interessante a riqueza que o processo de organização nos trazia, por isso. E esta era uma característica que depois fui perceber: é brasiliense – o lugar de muitos lugares, e combina com o espírito do ENEA, que também é assim. Portanto, organizar este ENEA proporcionou outro ENEA em cada reunião.
Foi também um ENEA imenso, a começar pela quantidade de participantes. Nunca passávamos das 10 da manhã sem começar uma reunião, e nunca parávamos antes da meia noite com as discussões – e isso significa 14 horas ininterruptas de trabalho, chamando, participando e organizando reuniões, dando assistência pra Comissão na fila do almoço, almoçando com os palestrantes, e por aí vai. E não houve festa em que não estivéssemos, nem noite que dormíssemos sem muitas confraternizações.
É o que mais pesa na minha vida: dele é que eu guardo as maiores experiências, e elas não estão na memória, estão em um lugar mais oculto onde sempre faço minhas pesquisas existenciais. Nem encontro pessoas nestas buscas, ou as encontro raramente. Encontro apenas as suas marcas deixadas em mim.
Pudemos conhecer o Clube do Servidor num CoNEA, bem antes do ENEA. O conhecemos mal tratado, mato tomando conta, muita depredação. Depois, na semana anterior ao ENEA, vimos um Clube diferente, limpo, prenhe, esperando o maior ENEA da História da FeNEA. Durante o Encontro a sensação era maravilhosa, com tantas pessoas e idéias se movimentando pelo espaço. Foi muito difícil sair daquele lugar. Ver as pessoas saindo, pensar que muitas delas eu nunca mais veria, como não tornei a ver. As ainda cuido das suas essências em mim.
Relatá-lo seria impossível, você mesmo, que o viveu, o sabe.




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